É tão comum as pessoas falarem: "você é bipolar". Quem nunca ouviu isso? A maioria das pessoas acham que sabem o que é o transtorno bipolar, mas na realidade todos os conceitos que elas acham que sabem estão ERRADOS, isso muitas vezes gera preconceito por pura falta de conhecimento.
Clinicamente, o transtorno
bipolar (TB) é caracterizado pela alternância entre estados de humor depressivo
e de humor maníaco (tipo I) ou hipomaníaco (tipo II). O TB tipo I tem
prevalência de cerca de 1% da população, enquanto o TB tipo II afeta cerca de
5% da população. Esta fisiopatologia ainda é pouco compreendida, reconhece-se a
contribuição genética, com até 85% de hereditariedade (BARBOSA et al, 2009).
Casos de transtorno bipolar na família, situação socioeconômica desestruturada
e família com alta expressão emocional são fortes preditores de TB (SANTIN et
al, 2012).
Há um alto risco de
mortalidade, significa que em alguma etapa da vida do paciente, aproximadamente
25% tentam suicídio, dentre essa estimativa 11% completam este intento. Em
relação as taxas de não adesão ao tratamento, são altas e representam 47% em
alguma fase, essas taxas podem aumentar ainda mais as fases maníacas (SANTIN et
al, 2012).
Depressão: não é uma simples tristeza, a pessoa sente um profundo desanimo sem motivo aparente, e ela não sabe o motivo porque não é possível saber, é fisiológico: ocorre uma diminuição de neurotransmissores como serotonina, noradrenalina e dopamina
Mania: é um estado de agitação caracterizada por:
O tratamento com lítio é bastante eficaz em pacientes com transtorno
bipolar, existem outros fármacos que podem ser utilizados, mas quem define, através de um protocolo, é o médico psiquiatra. Todos os profissionais da saúde que o paciente encontrar durante este caminho, devem estar atentos, o farmacêutico é um deles ao dispensar o medicamento tem obrigação de orientar sobre o uso e possíveis efeitos adversos, caso o paciente se queixar e for um alto indicativo de que seja necessário a troca de medicamento deve ser encaminhado para voltar ao médico.
Quando o paciente decide se tratar é muito mais fácil para quem está ao redor, apesar de ser uma fase muito difícil, no qual a estabilização do medicamento é demorada, assim como voltar a rotina de trabalho e estudos, mas aos poucos o paciente CONSEGUE, para isso, por sua vez o apoio familiar é essencial ao que se refere a incentivar, isso costuma tornar mais fácil o dia-a-dia. Lembre-se que fazer comparações e comentários pejorativos não melhora a situação.
Dica: Conheça a ABRATA para entender mais sobre o assunto ou participar efetivamente da associação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, I.G; HUGUET, R.B.; NEVES,
F.S.; BAUER, M.E.; TEIXEIRA, A.L.. Imunologia do transtorno bipolar.
Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.
SANTIN, A.; CERESÉR, K.; ROSA, A.. Adesão ao tratamento no transtorno bipolar. Rev. Psiq. Clín.32, supl 1; 105-109, Porto Alegre, 2005.
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