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O Consumer Insight pode ser aplicado no setor farmacêutico?


Você nunca ouvir falar nesse termo utilizado no Marketing? Mas por que um farmacêutico deveria saber sobre isso?

O farmacêutico generalista pode atuar em diversas áreas, dependendo da carreira seguida, você pode se deparar com o assunto. Se pararmos para pensar em uma simples drogaria, apesar de ser interpretado por muitas pessoas apenas como um comércio, na realidade é um estabelecimento de saúde, existe a compra e venda de produtos, mas o seu foco TEM QUE SER O PACIENTE, é preciso atender as necessidades dele. E o Consumer Insight em vez de ser encarado como "puro" Marketing, ele passa a ser a ferramenta que identifica as necessidades das pessoas que procuram determinado produto ou serviço, você atendendo essas necessidades resultará em um beneficio mútuo. Lembrando que você pode ser o Gerente Farmacêutico do estabelecimento, então será que não é interessante você entender essas relações?

Dei um exemplo de aplicação na drogaria/farmácia. Mas é muito frequente na Indústria, principalmente a cosmética, onde os produtos precisam ter a aceitação dos consumidores... e o farmacêutico atua nela. Aqui, as pessoas não procuram o produto por necessidades relacionadas diretamente a saúde. Elas procuram produtos que fazem da sua higiene e /ou  bem-estar cotidianos.

Na Indústria Farmacêutica é mais complicado (como na drogaria) porque geralmente são produtos que atendem manifestações de uma enfermidade, mas o conceito de Consumer Insight pode ser inserido, por exemplo, na forma farmacêutica em que o medicamento será produzido. Vamos supor, a indústria produz o medicamento em uma forma farmacêutica sólida, mas detectou-se que da demanda de pessoas que precisam do medicamento, a maioria tem problemas de deglutição (talvez essa situação não tenha sido identificada na Pesquisa Clínica), então a Indústria passa a produzir em uma forma farmacêutica líquida, facilitando na farmacoterapia.

Empresas globais e agências de publicidade investem cada vez mais no Consumer Insight para compreender quem é o consumidor e o que ele quer. Pensando na necessidade de se tornar parceiro dos consumidores e convencê-los de que podem depositar confiança no relacionamento com uma marca. Por tanto, a primeira missão é tratar o público não como consumidor, mas sim, como pessoa (com todas as suas facetas).  É um desafio enorme para consolidar uma empresa, mas se o gestor compreender a complexidade do pensamento humano a cada estação, entendendo o impacto das dinâmicas culturais e das tendências de comportamento, esse é o caminho do sucesso! Essa visão não é nada óbvia, portanto, normalmente não vem apenas de uma fonte de informação (apenas da análise ou apenas da pesquisa). É preciso converter evidências para obter informações. Assim, o segundo desafio é colocar em prática, e o terceiro é utilizar ferramentas para persuadir com o objetivo de mudar alguns comportamentos, e assim atingir a quarta missão que consiste em alcançar o benefício mútuo entre a empresa e o consumidor.


Atualmente, a lei fundamental para o marketing é ganhar e manter a confiança de seus clientes. O SAC da empresa é uma ferramenta maravilhosa para entender essa visão. Mas também há ferramentas digitais muito boas como o Google Trends.


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