Alexander Fleming acidentalmente descobriu a penicilina
Do ponto de vista biotecnológico e microbiológico, um microrganismo é capaz de produzir uma substância (inclusive um antibiótico), proveniente do metabolismo secundário, este produto é formado quando há condições adversas ao seu crescimento (como por exemplo a falta de nutrientes ou condições ambientais que não favorecem seu desenvolvimento), assim o microrganismo "guarda" a sua energia para poder sobreviver e produz substâncias como forma de defesa. Ao identificar alos de inibição na cepa de Staphylococcus aureus, ele suspeitou que o fungo liberava alguma substância química capaz de impedir o proliferação das bactérias.
A Penicilina G foi o primeiro antibiótico isolado da história, quem nunca ouviu falar em benzetacil (nome comercial da injeção)? Esta é a molécula:
Ela pertence a um grupo farmacológico chamado de β-lactâmicos. O anel β-lactâmico (circulado é vermelho), uma lactama é que uma amida cíclica. Observem o ângulo de ligação em torno de 90°, uma estrutura cíclica dessa confere um ligação instável.
Esta classe de medicamento atua por inibição da síntese da parede celular bacteriana. A parede celular é uma estrutura essencial da célula para manter a sua integridade, pois previne a lise osmótica. Antibióticos beta-lactâmicos são usados para tratar um largo espectro de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. Porém algumas bactérias criaram mecanismos de defesa, as quais promovem resistência microbiana com a produção de beta-lactamases que são enzimas capazes de hidrolizarem a estrutura do anel beta lactamico o que faz com que as propriedades antibacterianas da molécula seja desativada.
Então, os pesquisadores criaram estratégias, associando um grupo com fármacos de ação inibidora das beta-lactamases:
1 - ácido clavulâmico na molecula de amoxicilina;
2 - tazobactam com a piperacilina;
3 - sulbactam com a ampicilina.
2 - tazobactam com a piperacilina;
3 - sulbactam com a ampicilina.
Atualmente, temos um problema mundial, que é a resistência microbiana se trata da capacidade que os microrganismos possuem de se multiplicarem na presença de concentrações de antibióticos mais altas do que as doses terapêuticas dadas ao homem. É um fenómeno biológico de adaptação natural das bactérias que se segue à introdução de agentes antimicrobianos na prática clínica.
Cada vez mais aparecem superbactérias, muitas delas surgiram devido ao uso irracional de antibióticos. A sociedade não sabe diferenciar uma infecção de uma simples inflamação, e acha que precisa do antibiótico. Convido a todos nós farmacêuticos tentarem de pouquinho em pouquinho tentarem trazer conhecimento e explicações a população. Eu sei o quanto é difícil. Quando até nossos próprios familiares e amigos possuem a coragem de discutir com especialistas no assunto o que é melhor tomar. Mas imaginem só, o futuro tornar-se semelhante a época da primeira guerra mundial, as infecções não terem curas. Certamente regrediremos!
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