Segundo a Veja, a vacina para Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, será testada aqui no Brasil. O Brasil fará parte do plano global de desenvolvimento da vacina e é o primeiro país, fora o Reino Unido, a ter acesso ao antídoto.
O procedimento foi aprovado pela ANVISA (02.03.2020). Em São Paulo, os estudos serão comandados pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). A infraestrutura médica e de equipamentos será financiada pela Fundação Lemann. No total, serão 2.000 voluntários ao todo, no Rio de Janeiro e em São Paulo, caberá à Unifesp a tarefa de recrutar os primeiros 1.000 voluntários, que devem estar na linha de frente do combate à doença e, portanto, mais expostos ao contato com o vírus. Outras 1.000 pessoas farão parte do teste no Rio de Janeiro.Para realização de qualquer pesquisa clínica envolvendo seres humanos, é obrigatória a aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e/ou da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
De acordo com a Pfarma, Trata-se de um estudo controlado randomizado de fase III para determinar a segurança, a eficácia e a imunogenicidade da vacina ChAdOx1 nCoV-19 não replicante. Os estudos iniciais não clínicos em animais e os estudos clínicos de fase 1 em humanos para avaliar a segurança da vacina foram realizados na Inglaterra e os resultados demonstraram que o seu perfil de segurança foi aceitável.
A vacina ChAdOx1 nCoV-19, conhecida como AZD1222, usa um vetor viral baseado em uma versão enfraquecida do resfriado comum (adenovírus) contendo o material genético da proteína spike Sars-CoV-2. O vetor de adenovírus recombinante (ChAdOx1) foi escolhido para gerar uma forte resposta imune a partir de uma dose única sem causar uma infecção contínua no indivíduo vacinado.
Lembrando que anuência de pesquisa clínica pela Anvisa constitui-se na etapa regulatória que se aplica somente às pesquisas clínicas que têm a finalidade de registro e pós-registro de medicamentos, por solicitações de empresa patrocinadoras ou seus representantes. O prazo para início do estudo clínico após a aprovação ética e regulatória é definido pelo patrocinador do estudo.
Para a Dra. Natália Pasternak, pesquisadora colaboradora da Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, a notícia vem em boa hora não apenas pelo agravamento da pandemia no Brasil, mas também por lançar luz sobre a capacidade científica brasileira. "Uma das principais vantagens para o Brasil é fazer parte de um estudo internacional. É uma contribuição importante no momento em que o pais está com uma imagem ruim internacionalmente, uma vez que a pandemia está sendo extremamente mal conduzida e isso coloca o mundo inteiro em perigo".
Fontes:
http://portal.anvisa.gov.br/
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